Senhores,
Respeito a opinião do Sr. Marcus Oliveira e de todos aqueles que discordam de alguma forma da matéria publicada na edição 23 do CENP em Revista, de minha autoria. Mas gostaria de esclarecer que as perguntas enviadas pelo CENP eram sobre o mercado atual, mudanças significativas que ocorreram nos últimos anos, dificuldades encontradas no mercado local, melhorias que vem acontecendo, participação do CENP na região e reconhecimento do processo de certificação.
Reconheço que nosso mercado foi formado por profissionais talentosos e conceituados, inclusive conheço e respeito muitos deles, mas como a questão foi sobre o mercado atual e não sobre a história do mercado publicitário feirense, continuo afirmando que com profissionais formados nosso mercado só tem a ganhar, tendo melhor postura e posicionamento, afinal qualificação e conhecimento nunca são demais.
Em minha opinião o mercado evolui através do crescimento e qualificação de cada um de nós. O publicitário que se qualifica, que investe numa formação acadêmica, numa pós-graduação, adquirindo conhecimento e formação adequada, melhora substancialmente a sua atuação no mercado. Não foi mencionado em nenhum momento o detrimento dos publicitários antigos, ou ausência de prêmios, reconhecimento ou de ética e respeito ao anunciante, pois posso imaginar que já eram praticados pelo mercado em seus primórdios. Foi ressaltado o crescimento do mercado atual, as mudanças dos últimos 10 anos, em que se abriu portas para a qualificação acadêmica, para que os novos publicitários entrassem no mercado e aliassem o conhecimento acadêmico ao conhecimento prático.
Citando novamente o mercado atual, não entendo quando o Sr. Marcus Oliveira questiona e não enxerga a concorrência desleal, já que é algo facilmente observado no nosso dia- a - dia. Ele afirma que “Quem reclama de concorrência desleal está se colocando no mesmo patamar.” Com base em que essa afirmação?
Algumas agências do nosso mercado se posicionam realmente como foi mencionado. Que agência em Feira de Santana, já não “perdeu” um cliente para alguma outra com práticas como: Produção e criação sem custo e renegociação dos 20% de BV? Fora alguns veículos, que praticam outros valores quando negociados diretamente com o cliente.
Acredito que a Criatório Comunicação não foi e nem será a única agência de propaganda da cidade que sofreu com a concorrência desleal de algumas agências e veículos. Um CNPJ como citado, que é tão fácil de conseguir, não dá o direito à “prática de sugerirem texto para rádio, layout para outdoor, anúncios para jornal, gráfica etc.” Essa função compete a quem é da área por formação ou conhecimento prático. Isso só acontece porque não temos uma regulamentação mais severa, pois em tantas outras profissões a prática de pessoas sem formação é inadmissível.
Foi válida a colocação sobre o “Boom do mercado publicitário” ter se iniciado, entre outras coisas, pela chegada da TV Subaé, mais isso ocorreu há 20 anos. Mas atualmente notamos que o novo e atual “BOOM” se deu através do aumento de investimentos do comércio varejista, característico da nossa cidade e do setor imobiliário, que cresce a cada dia, devido as medidas governamentais de incentivo, entre outros.
Sobre a certificação do CENP de agências da nossa cidade, algumas realmente só se filiam para participação de premiações ou para ter acesso ao sistema de compra de mídia (que se faz desnecessário, pois a agencia pode comprar diretamente do veiculo). Para que uma agência que não pratica a ética no nosso mercado precisa fazer parte de um Conselho Executivo de Normas Padrão? Qual o interesse? De nada adianta ser certificada e ir contra tudo que diz o conselho.
Realmente nosso mercado está crescendo, mas se cada agência, “eu-agência” ou “donos de CNPJ” e veículos se posicionassem para uma prática de preços e negociações mais justas, realmente ética na prática e profissionais, cresceríamos mais aceleradamente (estamos num “samba de crioulo doido” disputando entre si, conforme citado deslealmente por uns, onde só quem não está ganhando somos nós agências, fornecedores e veículos).
Não respondi ao CENP querendo polemizar a respeito de nada. Só me expressei contra a falta de ética e profissionalismo que, infelizmente, ainda atrapalham nosso mercado, cobrando do CENP uma atuação mais efetiva, afim de descredenciar algumas agências que não seguem as regras como deveriam.
Vamos adiante.
Alex Pimentel
Criatório Comunicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário