terça-feira, 1 de março de 2011



A ignorância campeia na publicidade Feirense.

Ignorância 1 – O encontro periódico que a Tv Subaé promove com o nome de Confraria, teve sua ultima edição no dia 23 de fevereiro no The House e podemos parabenizar a organização em todos os aspectos. Porém, para um observador mais atento, ficou claro a ignorância da grande maioria dos presentes quanto a historia da publicidade nacional e de fatos e programas que fizeram a cabeça de várias gerações de brasileiros.
O grupo performático convidado pela organização para animar o evento, deu um show, tanto de música como de citações e referencias de programas, comerciais, musicas e artistas que de alguma forma, escreveram capítulos interessantes da comunicação do país e em grande parte desconhecidos da maioria dos presentes.
A criatividade é resultante de diversos aspectos e o conhecimento do meio, sua historia e referencias, são imprescindíveis para o profissional. Em síntese “cultura”.
Ignorância 2 – A comunicação visual está de mal a pior em Feira de Santana. Cada dia mais, se vêem verdadeiros assassinatos da língua da gramática e até de outros idiomas. Paineis, letreiros, fachadas e marcas de empresas, criados e desenvolvidos por quem não tem conhecimento da língua, dá margem a verdadeiros crimes gramaticais, ortográficos e idiomáticos.
Exemplos:
1 - Na Av. Sto. Antonio, uma loja de confecções se apresenta com o sugestivo nome de PIPOUS BOYS & GIRLS. Me parece claro que a intenção era escrever PEOPLE BOY’S & GIRL’S.
2- Na Kalilandia, um salão de beleza tem interessante nome de BELLY HAIR, que numa tradução livre serial BARRIGA CABELO. Ou seja, Feira de Santana tem o primeiro e exclusivo salão de beleza exclusivo para tratar dos cabelos da barriga.
3- Esta mais comum, pode ser vista em diversas marcas em toda a cidade. O uso indiscriminado do { ‘ } apostrofo, que segundo a regra que aprendi, só é utilizado para suprimir um vogal que se repete no fim e no inicio de palavras contiguas, dando ritmo a leitura a exemplo de Sant’Ana dos Olhos D’Água (Santa Ana; da água), Brilho D’Ouro (do ouro).
4- Esta é também muito comum, cometida pelas empresas que fazem plotagens em carros, faixas, cartazes e etc. O uso incorreto de verbos. O verbo Dar conjugado na terceira pessoa do presente indicativo não se escreve DAR, se escreve DÁ, portanto “Deus não dar nada a ninguém”, “Deus dá sua graça ...”
Sugestão aos publicitários e comunicadores.
Cultura não faz mal a ninguém.
Por Raul Serra